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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Identidade: Velocity

identidade velocity

O grupo Discovery acaba de lançar Velocity, um novo canal em alta definição destinado ao público masculino abastado fascinado pelo mundo automobilístico. Viagens, velocidade, esporte e as máquinas mais potentes, bonitas e caras são os principais atrativos da programação que visa agradar uma classe exigente, inspirada e oriunda dos clubes exclusivos de amantes de carros de luxo.

A identidade de Velocity, criada pelo estúdio Impossible, informa de maneira bastante clara, impactante e refinada seu propósito e define seu público. A marca do canal é composta de um globo terrestre que pousa sobre um “v” metalizado representando a inicial de seu nome, mas que também poderia ser facilmente associada a um símbolo de uma sofisticada marca de automóveis

Essa relação com esses desejados veículos de quatro rodas é reforçada em cinematográficas vinhetas produzidas em live-action no deserto de Mojave com desfiles de carros e motos de luxo e apresentação de especialistas e amantes de automóveis. Como complemento a essa comunicação, a linguagem dos menus e chamadas, aludem aos brilhos, texturas e materiais presentes nos veículos.

Enfim, através desse pacote videográfico, percebe-se a necessidade de reforçar a identificação com audiência masculina proposta, por meio das emoções e sentimentos que esse nicho de mercado oferece, tais como status, liberdade, aventura e poder.

A acertividade da adequação do canal à sua identidade está relacionada também a estreita ligação ocorrida entre o grupo Discovery e o estúdio de design que ajudou a consolidar o seu posicionamento. Segundo Douglas Lerner, diretor de marketing estratégico do canal, “Impossible ajudou Velocity a definir sua marca, além de um mero pacote gráfico. E nesse processo, nós descobrimos que definir nossa marca para nosso time interno dentro da Discovery foi igualmente importante que definir isso para nossa audiência e anunciantes”.

Apresentação

Institucionais

Ficha Técnica

Ano: 2011
Canal: Velocity
Produção: Impossible

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Identidade: EMA 2011

identidade mtv ema 2011

Para a identidade do MTV Europe Music Awards de 2011 em Belfast, o MTV World Design Studio designou à Polynoid a responsabilidade de produção das vinhetas e animações que compõem o pacote videográfico.

O mote principal desse projeto esteve literalmente baseado em um mergulho ao centro da terra, formado por um mundo paralelo, completamente surreal, cheio de cores, brilhos e música.

A abertura expressa justamente essa passagem em uma belíssima animação 3D. A câmera inicia a viagem mostrando um panorama realista de um rio plácido em meio a montanhas, inspirado na geografia da capital da Irlanda do Norte, local onde aconteceu o evento. Depois ela emerge para a profundezas da água encontrando as mais variadas, luminosas e coloridas criaturas aquáticas, além das diversas luzes e efeitos psicodélicos. Ao final, a câmera termina na própria transmissão do evento ao vivo, com enfoque na plateia paramentada de luzes coloridas. A integração entre os três momentos é bastante harmônica e a composição dos elementos em tela é rica em detalhes e nuances formais e cromáticas, trazendo um impacto visual bastante interessante.

A marca gráfica da atração coloca o símbolo da MTV no centro desse mundo mágico, representado por um globo cheio de ondas dinâmicas que lembram o elemento onipresente no conceito da identidade: a água.

Essas ondas são reproduzidas nas vinhetas das indicações, que se misturam com imagens dos artistas. As variações entre uma categoria e outra se restringem apenas a cor dessas ondas.

Em seu release no site, a Polynoid menciona que Júlio Verne ficaria orgulhoso ou se remexeria no túmulo se visse esse projeto. Não tenho dúvidas disso, mas certamente seria de alegria pelo grande trabalho apresentado.

Concepts

Abertura

Vinhetas de Indicações

Ficha Técnica

Ano: 2011
Canal: MTV
Direção de Criação e Produção: MTV World Design Studio Milan
Produção: Blacklist e Polynoid
Produção Executiva: Adina Sales
Direção de Arte e Computação Gráfica: Polynoid, Jan Bitzer, Ilija Brunck, Csaba Letay, Fabian Pross, Tom Weber, Falko Paeper, Nobuhiko Suzuki, Tom Sidji, Tim Borgmann e Jin-Ho Jeon
Som: Michael Fakesch


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Abertura: As Brasileiras

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Ao invés de exibir uma grande minissérie, a Rede Globo volta a estratégia de exibir novamente no verão uma nova série semanal. A escolhida foi “As Brasileiras”, uma continuação de “As Cariocas”, sucesso de 2010 e adaptação do livro homônimo de contos escrito por Sérgio Porto. No entanto, a nova série deixar de privilegiar apenas uma cidade e traz histórias fictícias de várias mulheres em diversas regiões do país.

A abertura da série também é uma extensão de “As Cariocas”, apresentando a mesma construção conceitual e imagética. Não se pode julgar, portanto, que essa embalagem é apenas um plágio ou simples falta de criatividade, já que se tratam de projetos paralelos e semelhantes. Por essa razão, se faz completamente pertinente usar da mesma ideia de apresentação.

As atrizes que interpretam as protagonistas de cada história desfilam em um estúdio branco com roupas esvoaçantes. Aos poucos, cada atriz recebe um close e seu primeiro nome aparece delicadamente ao seu lado, conferindo ao espectador certa sensação de intimidade com elas. Após o desfile, as atrizes fazem poses sensuais, algumas apoiadas em objetos de cena, como se participassem de um ensaio fotográfico. Uma alusão às famosas capas de revistas que mostram as personalidades femininas de destaque no ano.

A vinheta termina com a protagonista do dia se aproximando da câmera, fazendo caras e bocas. Ao mesmo tempo é apresentado seu nome completo e o título da sua história. Um verdadeiro e declarado convite ao espectador.

Há uma curiosa diferença na música-tema. Em “As Cariocas” o verso final cantava “a bela é carioca, ela é da cor do Brasil” agora, sem o intuito de privilegiar apenas uma localidade, a música diz “a bela é linda, é nossa, ela é da cor do Brasil”.

Outra mudança, esta mais radical, está na marca gráfica. Ao invés do Cristo Redentor, mostra-se um violão verde junto de uma forma arredondada amarela. A palavra “Brasil” recebe destaque em relação ao restante do logotipo no centro violão.

Além das óbvias cores pátrias, é realmente difícil encontrar um símbolo que pudesse representar todas as nossas características, pensando em um país multicultural com dimensões geográficas continentais. Entretanto, o violão consegue juntar algumas delas: é símbolo da bossa nova, do sertanejo e da MPB, ritmos musicais tipicamente brasileiros.

E, é claro, faz alusão também ao termo “corpo-violão”, em uma analogia entre a forma curvilínia do instrumento e o exuberante corpo das mulheres brasileiras. Relação que é inclusive ressaltada no começo da abertura, através da construção de delicadas silhuetas.

Abertura

Bastidores

Ficha Técnica

Ano: 2012
Canal: Rede Globo
Produção: Lereby Produções
Trilha: “Bela Fera” (de Pedro Luís por Pedro Luís e a Parede)

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Identidade: Rede Record [Rebrand 2012]

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Depois de muitas especulações que duraram quase um ano, a partir de um vazamento de um registro do INPI feito pela própria emissora, a Rede Record finalmente estreou sua nova marca gráfica. Mantendo os mesmos conceitos, mas com um tratamento videográfico um pouco mais contemporâneo, a nova marca promete trazer um visual mais moderno ao canal.

O globo terrestre estilizado com aspecto brilhante circundado por três placas recurvadas que representam o sistema cromático da televisão (RGB) foi substituído por uma versão mais compacta. O aspecto compositivo mais triangular formado pelos quatro elementos foi resumido a uma única esfera com um refinamento de cores ainda mais brilhante e um efeito de renderização um pouco mais espelhado.

Antes e Depois

A marca inicialmente divulgada no ano passado, não continha o mapa no centro da esfera, elemento que foi mantido na versão final, mas desnecessário em uma solução de maior estilização da forma. Até porque, a marca adaptada para o seu canal de notícias, o Record News, já não apresenta desde a versão anterior, o tal desenho.

Marca Inicialmente Divulgada e Marca Definitiva

Marca Record News: Antes e Depois

Em teoria, a marca ganhou mais pregnância, por reduzir o número de detalhes formais. Porém não houveram mudanças conceituais que justificassem tal alteração. Apenas uma atualização estilística que acompanha a renovação da computação gráfica. O que se pode notar, no entanto, foi uma aproximação estética ainda maior com suas concorrentes diretas, o SBT e, principalmente a Rede Globo.

Essa similaridade estética é bem justificável, vide a explícita intenção da Record há anos em se equiparar ao “padrão Globo de qualidade”. Com um posicionamento estratégico de programação bastante similar, com investimento em produções de teledramaturgia, jornalismo e reality shows, o canal do bispo Edir Macedo parece acreditar que, através dessa aproximação de linguagem e conteúdo, ao qual o público já está acostumado, haverá uma migração natural de espectadores. Um reflexo desse conceito comunicacional de proximidade pode ser inclusive notado na evolução de sua identidade visual. Cada vez mais, a assinatura da Rede Record e de alguns de seus programas foram se aproximando em vários aspectos da estética da Rede Globo, tais como tipografia, cores e formas. O ápice agora está nessa nova marca mais esférica, que poderia ser facilmente equiparada a alguma afiliada do canal carioca.

Marca Rede Record

A solução aplicada pela Record é bastante comum, não só na indústria televisiva, bem como em outras áreas de consumo. É só dar uma volta em um supermercado e ver nas gôndolas produtos similares, embalagens e marcas que se confundem visualmente, sempre no intuito de iludir o consumidor. Levá-lo a crer, de modo ás vezes bastante subjetivo e intuitivo, que está comprando a mesma qualidade da marca líder, mas com a metade do preço.

Entretanto, esse uso do design como artifício de marketing consegue ser efetivo até certo ponto. Afinal, a construção de uma marca líder nunca está calcada na repetição, mas sim na diferenciação. A Record parece insistir justamente nesse caminho da réplica. Talvez essa seja uma das razões que justifiquem a sua posição perante a audiência. Apesar de seus conteúdos já apresentarem uma qualidade, que em alguns casos, pode ser equiparada à Globo, o canal carioca ainda detém de forma geral um poder de influência no mercado televisivo infinitamente maior. Aliás, a própria Rede Globo, emissora menos antiga que a Record, saiu na frente justamente por apresentar uma proposta diferenciada, tanto estética, quanto de conteúdo.

Outra questão de discussão é a falta de um projeto conciso que vá além da marca gráfica. Os demais elementos videográficos parecem ser pensados de maneira secundária. As vinhetas, por exemplo, se limitam a evidenciar os detalhes do símbolo, através de giros e rodopios, causando um impacto raso e pouco criativo. Solução, aliás, não exclusiva da Rede Record. A própria Rede Globo também se apresenta de forma similar. E esse é um detalhe importante que diferencia os canais abertos nacionais dos internacionais, que já enxergam o projeto de design televisual de maneira mais holística, integrada com toda a estratégia comunicacional do canal.

Vinheta Interprograma

Essa falta de percepção fica clara na apresentação da “logomarca” pela própria Record, através de um vídeo bastante estranho, mostrando carpinteiros, costureiros, pintores e o elenco de artistas e apresentadores dando pitacos na construção do novo símbolo. Além disso, uma reportagem bastante superficial tentou mostrar os bastidores do processo de construção, mas o que se pode ver foi apenas uma equipe de computação gráfica manipulando papéis e usando de forma ensaiada os computadores que mostravam as cenas de uma mesma vinheta, tudo para ficar bonito para câmera. Em nenhum momento foi entrevistado os reais responsáveis pelo projeto, desde a criação até a execução visual. Em suma, a preocupação, parece ter se limitado a uma aparência mais agradável ou a um mero capricho. Se houve alguma estratégia de design, ela se manteve a mesma: continuar seguindo os trilhos da sua principal concorrente.

Notícia e Lançamento da Nova Marca

Ficha Técnica

Ano: 2012
Canal: Rede Record
Produção: Rede Record

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