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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Abertura: As Brasileiras

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Ao invés de exibir uma grande minissérie, a Rede Globo volta a estratégia de exibir novamente no verão uma nova série semanal. A escolhida foi “As Brasileiras”, uma continuação de “As Cariocas”, sucesso de 2010 e adaptação do livro homônimo de contos escrito por Sérgio Porto. No entanto, a nova série deixar de privilegiar apenas uma cidade e traz histórias fictícias de várias mulheres em diversas regiões do país.

A abertura da série também é uma extensão de “As Cariocas”, apresentando a mesma construção conceitual e imagética. Não se pode julgar, portanto, que essa embalagem é apenas um plágio ou simples falta de criatividade, já que se tratam de projetos paralelos e semelhantes. Por essa razão, se faz completamente pertinente usar da mesma ideia de apresentação.

As atrizes que interpretam as protagonistas de cada história desfilam em um estúdio branco com roupas esvoaçantes. Aos poucos, cada atriz recebe um close e seu primeiro nome aparece delicadamente ao seu lado, conferindo ao espectador certa sensação de intimidade com elas. Após o desfile, as atrizes fazem poses sensuais, algumas apoiadas em objetos de cena, como se participassem de um ensaio fotográfico. Uma alusão às famosas capas de revistas que mostram as personalidades femininas de destaque no ano.

A vinheta termina com a protagonista do dia se aproximando da câmera, fazendo caras e bocas. Ao mesmo tempo é apresentado seu nome completo e o título da sua história. Um verdadeiro e declarado convite ao espectador.

Há uma curiosa diferença na música-tema. Em “As Cariocas” o verso final cantava “a bela é carioca, ela é da cor do Brasil” agora, sem o intuito de privilegiar apenas uma localidade, a música diz “a bela é linda, é nossa, ela é da cor do Brasil”.

Outra mudança, esta mais radical, está na marca gráfica. Ao invés do Cristo Redentor, mostra-se um violão verde junto de uma forma arredondada amarela. A palavra “Brasil” recebe destaque em relação ao restante do logotipo no centro violão.

Além das óbvias cores pátrias, é realmente difícil encontrar um símbolo que pudesse representar todas as nossas características, pensando em um país multicultural com dimensões geográficas continentais. Entretanto, o violão consegue juntar algumas delas: é símbolo da bossa nova, do sertanejo e da MPB, ritmos musicais tipicamente brasileiros.

E, é claro, faz alusão também ao termo “corpo-violão”, em uma analogia entre a forma curvilínia do instrumento e o exuberante corpo das mulheres brasileiras. Relação que é inclusive ressaltada no começo da abertura, através da construção de delicadas silhuetas.

Abertura

Bastidores

Ficha Técnica

Ano: 2012
Canal: Rede Globo
Produção: Lereby Produções
Trilha: “Bela Fera” (de Pedro Luís por Pedro Luís e a Parede)

Noticia do portal ( blogtelevisual.com )

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